Ingredientes:
- 10 kg de feijão fradinho
Para o acarajé
- 1 litro de azeite-de-dendê
- 4 litros de óleo
- 4 cebolas grandes picadas
- 3 cabeças de alho descascadas
- Sal a gosto
- 2 cabeças grandes de peixe (de preferência salmão)
Para o vatapá
- 100 g de amendoim
- 2 garrafas (200 ml)de leite de coco
- 100 g de castanhade caju moída
- 1 kg de farinha de trigo
- Meio litro de azeite-de-dendê
- 500 g de camarão seco
- 2 litros e meio de água
- 1 pedaço de gengibre
Modo de Preparo:
O acarajé
Lavar bem o feijão fradinho e deixar de molho, em água fria, até que as cascas comecem a se soltar. Passar os grãos em uma peneira e esfregá-los com as mãos, para que toda a casca se solte. Bater os grãos (sem casca) no liquidificador. Reservar em um recipiente. Bater no liquidificador a cebola e o alho. Juntá-los ao feijão batido e misturar com uma colher de pau. Pôr sal a gosto. Em uma panela ou frigideira funda, pôr o óleo e o azeite-de-dendê e levar ao fogo.
Quando estiver pré-aquecido, pôr porções de massa retiradas com uma colher e fritá-las. Reservar.
O vatapá
Limpar as cabeças de peixe e deixá-las no fogo, com água até cobrir, até a carne se soltar dos ossos. Separar qualquer fragmento restante com as mãos. Eliminar os ossos, o caldo e levar a carne ao liquidificador, juntamente com o camarão, a castanha, o gengibre, o corante e meio litro de água. Com a mistura batida, levar ao fogo baixo e mexer sempre. Em um recipiente, dissolver a farinha de trigo com dois litros de água fria e mexer.
Quando estiver bem dissolvida, despejar na panela com a primeira mistura, mexer bem. Pôr o leite de coco e o azeite-de-dendê. Cozinhar por 30 minutos, até que a mistura fique consistente. Se ficar muito grossa, pôr um pouco de água.
Montagem
Depois de fritar o acarajé, cortá-lo ao meio e recheá-lo com o vatapá. Para cada bolinho, uma colher (sopa, cheia) de recheio. Por cima, pôr camarão frito.
Tempero baiano, sotaque mineiro
Maria de Fátima Pereira deposita cuidadosamente a massa do bolinho de feijão no óleo de dendê. Logo, ele toma forma e doura. Ela fica de olho. Tira o bolinho e, com a faca, faz um corte. Ele se abre e a fumaça traz um cheiro inconfundível. É o momento da pergunta: "Quente ou frio?" Não se iluda: ela, na verdade, quer dizer: "Com pimenta ou sem?" No recheio, vatapá e camarão. É o Acarajé, que Maria de Fátima aprendeu a fazer ainda menina, na sua cidade natal: Vitória da Conquista (BA).De lá, além do prato típico, ela trouxe a alegria e a tranqüilidade baianas. "Um bom acarajé é feito com paciência e bom humor", revela, na fala sem sotaque baiano. "Gosto do %u2018uai%u2019 e de tudo que Minas tem. Aqui é a minha terra e a Feira Hippie, minha segunda casa." Não é para menos: são 32 anos de trabalho e muita disposição. "Preparo os bolinhos de feijão um dia antes. São 150 por domingo."
Quem consegue comer, sai feliz, mas aqueles que não provaram da iguaria, só mesmo esperando o próximo domingo, porque não sobra nenhum para contar história. Orgulho para a baiana, que desmonta a barraca e volta para a casa apressada, pois ainda tem que preparar o almoço. "Toda semana é essa correria. Mas é assim que eu gosto. Sinto que estou viva", diz. A equipe também se despede de lugares tão familiares, que, com tanta variedade de sabores, parecem desconhecidos.
Fim de feira e até a próxima!