Ingredientes:
- 1 kg de farinha de mandioca especial e torrada
- 3 kg de carne-de-sol, frita e cortada em pedaços
- 600 g de alho picado
- 4 colheres (sopa) de manteiga de garrafa
Modo de Preparo:
Fritar o alho na manteiga de garrafa. Reservar. No pilão, socar a carne com a farinha até ficar desfiada. Juntar o alho frito na manteiga e misturar bem, fora do fogo. Um opção é bater no liqüidificador a carne e a farinha. O prato pode ser guardado fora da geladeira e servido quente ou frio.
Sotaques no pilão
O tempero nordestino dá o maior charme à culinária mineira. Quem sabe disso é José Ferreira da Silva, o Baiano. E, mais ainda, os freqüentadores do seu bar, na Rua Iara, 912, bairro Saudade, região Leste da capital, ponto de encontro dos que gostam de petiscos bem-feitos e da legítima paçoca socada no pilão. Aos 70 anos e com quatro décadas de BH, ele prepara e tempera, ao lado da mulher, Nair, a carne-de-sol que serve aos fregueses."Só trabalho com filé mignon, picanha e miolo de alcatra, e também faço a lingüiça", diz, cheio de orgulho, o Baiano natural de Sergipe. Nas mesas, notam-se os olhares de aprovação dos visitantes, ávidos pela cerveja gelada e pelo tira-gosto. Aberta de segunda a sexta, das 17h às 23h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h, a casa tem na paçoca um dos seus pontos altos. Baiano agradece com modéstia, enquanto atende mais um pedido com a ajuda do fiel escudeiro, o garçom Roberto Francelino de Aquino, há 18 anos no batente.
Para a paçoca ficar genuína e caseira, ele usa a manteiga de garrafa e o velho pilão, garantia de textura e consistência do alimento. E lembra que pode ficar muito tempo fora da geladeira, pois era comida dos tropeiros, resistente às longas viagens.