Ingredientes:
- 1 mamão verde (aproximadamente 1 kg)
- 750 g de açúcar refinado
Modo de Preparo:
Cortar o mamão em pedaços quadrados, de aproximadamente 5 cm de lado, colocar na água e tirar as sementes. A próxima etapa será "bordar" a casca da fruta, com ajuda de um canivete. Para isso, apoiar o pedaço de mamão numa superfície e fazer os desenhos bem de leve. Em seguida, pôr no tacho, cobrir com água, colocar um pano por cima e deixar cozinhar durante 20 minutos. Testar com garfo e deixar até que a polpa esteja bem macia.
No dia seguinte, trocar a água, levar ao fogo, desta vez sem o pano, para fazer voltar a cor do mamão, que estará amarelo. Deixar esfriar e curtir um dia inteiro, trocando a água de três a quatro vezes.
Fazer uma calda, bem clara, com 500 g açúcar e um litro de água. Mergulhar os pedaços de mamão. Durante três dias, esquentar a calda sem deixá-la ferver. Somente no último dia é que a calda deverá ser fervida até engrossar, para que o mamão absorva bem o açúcar.
Para cristalizar, colocar os pedaços em uma peneira. Fazer nova calda, bem rala, com 250 g de açúcar e um copo de água, e deixar ferver até o ponto de puxa. Bater a calda um pouco e jogar sobre o mamão. Deixar esfriar.
Para olhos e paladares
Espelhado, ralado, em calda, enroladinho ou misturado com coco e abacaxi. Se você já conhecia todas as possibilidades do doce de mamão, prepare-se para uma nova descoberta. Em Boa Esperança, todos se encantam com o fruto decorado, obra de arte cristalizada ou em calda, ótima de se ver, melhor para saborear. A artista é Regina Celi Monte Raso Toledo, de 62 anos, que usa ferramentas simples para desenhar, na casca verde do mamão, bailarinas em pleno movimento, coqueiros ao vento, flores miúdas e tudo o que a sua imaginação mandar.Num exercício de extrema delicadeza, Regina corta os pedaços, apóia-os sobre a mesa e, com um canivete, mostra seu talento. Esculpe daqui, retoca dali, e está pronta mais uma "tela" de bom gosto. Produzindo em sua casa os doces "Genyana", ela recupera receitas antigas como camafeus, trouxinhas e os insuperáveis cristalizados de lima-de-bico, laranja, abacaxi, figo e banana. Vende na feira de artesanato, aos sábados e domingos, em frente à basílica, na praça Coronel Neves.
Diante dos elogios, agradece com um sorriso simpático, lembrando que aprendeu tudo com a avó e a mãe, cujos nomes combinados batizam a marca dos seus doces. Herança que só merece aplausos.