Ingredientes:
Para o pato
- 1 pato de 4 kg a 5 kg
- 300 g de batata-inglesa
- 300 g de cenoura
- 2 tomates médios, sem pele
- 2 cebolas médias
- 1 colher (sopa) de colorau (urucum)
- 1 colher (sobremesa) de açafrão
- Cheiro verde, alho e sal a gosto
Para o molho
- 2 pratos de folhas de cansanção (encontrado em mercados municipais ou feiras de orgânicos)
- 100 ml de leite
- 1 colher (sopa) de manteiga
- Sal a gosto
Modo de Preparo:
Cortar o pato em pedaços, da mesma forma que se corta o frango, e, numa bacia, temperar com sal e alho e acrescentar o colorau. Deixar de molho por três horas. Numa panela de pressão, cobrir o pato com água, acrescentar as cebolas e os tomates cortados em rodelas e cozinhar. Se achar necessário, acrescentar mais sal. Depois de uma hora no fogo, conferir se a carne já está cozida. Caso contrário, deixar por mais 30 minutos.
Numa panela à parte, cozinhar as batatas e as cenouras cortadas em pedaços grandes, juntamente com o açafrão. Numa panela (de pedra, de ferro ou de barro), colocar o pato, cobri-lo com o cozido feito com a batata e a cenoura e deixar ferver. Para fazer o molho, picar o cansanção e refogá-lo no alho e no óleo. Acrescentar o leite e bater no liquidificador, até obter um creme. Levar ao fogo e mexer até obter a textura desejada.
Porção para oito pessoas.
Charme e alquimia
A pequena vila, no caminho da Estrada Real, mistura o charme das construções coloniais e a beleza de convidativas quedas d%u2019água. O distrito de Cocais, em Barão de Cocais, a 93 quilômetros de BH, já caiu no gosto de turistas do Brasil e do exterior, em busca de sossego ou de ecoturismo. O nome Barão de Cocais remete ao então presidente da província de Minas Gerais, que nasceu na região e foi indicado pela família real para governar por dois mandatos.Ele criou nas redondezas a tradição de festas e banquetes. E é com muito prazer que o jornalista Everton de Castro, de 51 anos, segue o rumo da história. Há dez anos, ele largou a profissão para receber hóspedes na vila (Pousada das Cores, rua José de Almeida Matias, 380) e conquistá-los pelo paladar. Desde os tempos em que freqüentava o Santuário do Caraça, esse ex-seminarista vem se revelando um alquimista na criação de receitas inusitadas.
"Adoro cozinhar e fazer pesquisas gastronômicas. Como cozinhei para padres no seminário, dizem que agradá-los na comida é garantia de um pedaço no céu", brinca Everton, enquanto mostra pães, bolos, vinhos, licores e geléias criados por ele. Na cozinha, tudo pronto para o preparo do pato com legumes ao molho de cansanção. As cozinheiras Maria Clara de Lima, de 65, e Conceição de Lima, de 47, garantem o sucesso da combinação.