Ingredientes:
Para o quiabo
- 200 g de quiabo da lapa (encontrado na região de Diamantina)
- Óleo para fritar
- Sal a gosto
Para a carne
- 600 g de costelinha
- 1 cebola média
- 1 pimenta de bode
- 1 tablete de caldo de galinha
- Suco de um limão
- Óleo para fritar
- Tempero de alho e sal, azeite, colorau e pimenta-do-reino a gosto
Modo de Preparo:
O quiabo
Com dois espetos, colocar o quiabo no fogo, até ficar chamuscado, para queimar os espinhos. Descascá-lo e cortá-lo em camadas no sentido do comprimento com um centímetro de largura (ou em rodelas). Numa frigideira com óleo bem quente, fritar dos dois lados, para tirar a baba. O quiabo deve estar consistente e não deve ficar seco. Escorrer, salpicar sal e reservar.
A carne
Lavar a costelinha, temperá-la com limão, pimenta-do-reino, caldo de galinha dissolvido no azeite e misturado ao tempero de alho e sal e a pimenta de bode amassada. Deixar curtir por uma hora e meia. Reservar o caldo. Numa panela, colocar o óleo, o colorau e a costelinha. Fritar, abafando com a tampa, até ela soltar água e ficar com uma cor dourada. Acrescentar a cebola picadinha e deixar por mais 15 minutos.
Acrescentar o caldo dos temperos, água até cobrir a carne e deixar cozinhar por 20 minutos com a panela tampada, adicionando água, se necessário. Quando a carne estiver quase cozida, acrescentar o quiabo da lapa até que o prato fique ensopado. Acompanha arroz branco, feijão batido e angu. Receita para cinco pessoas.
Indecisão passageira
Porta de entrada do Vale do Jequitinhonha, último destino da Estrada Real. Uma cidade única, embalada pela musicalidade das vesperatas que invadem o casario histórico. Depois de passar pelas inúmeras montanhas pedregosas, chegamos a Diamantina, a 292 quilômetros de Belo Horizonte. A noite cai e, no Largo da Quitanda, tradicional ponto de encontro, somos recebidos por um ensaio aberto de uma das bandas da cidade.Mas nem só de serestas e diamantes vive a cidade natal de Juscelino Kubitschek. É na região, de clima seco, que o quiabo da lapa brota da terra. Aos olhos de quem vê, parece impossível fazer da plantinha - da família do cáctus, bastante espinhenta - uma delícia da culinária regional. Mas Erivaldo Pires, de 51 anos, garante que é. Tanto que o quiabo da lapa, servido com costelinha de porco, é um dos pratos campeões de vendas no seu restaurante, o Grupiara (rua Campos Carvalho, 12 , Centro).
"Quando vêem no cardápio, os clientes ficam curiosos para saber o que é. Se mostramos o quiabo do jeito que colhemos, eles ficam indecisos. É quando incentivamos as pessoas que, pouco depois, se deliciam com o prato", conta Erivaldo, que serve a mais autêntica comidinha mineira para turistas do Brasil e do exterior.