Ingredientes:
- 6 xícaras (chá, rasas)de farinha de trigo
- 2 ovos
- 2 xícaras (chá) de leite morno
- 1 xícara (chá) de água morna
- 1 xícara (chá, rasa) de açúcar
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 1 colher (sopa, bem cheia) de fermento biológico (de padaria)
- 1 colher (chá) de sal
- 1 colher (sopa, rasa) deraspa de limão
- 1 colher (sopa) de banha de porco (opcional)
Modo de Preparo:
Numa vasilha, pôr o leite morno, o açúcar e o fermento dissolvido em água. Adicionar a metade da farinha de trigo, fazendo um mingau ralo (fora do fogo). Tampar a vasilha com um pano seco e deixar crescer. Bater as claras em neve e juntar à massa, assim como os demais ingredientes, incluindo o restante da farinha de trigo. Amassar até que a mistura se solte das mãos. Colocar numa superfície polvilhada com farinha de trigo e sovar.
Abrir a massa com rolo, na forma quadrada, passar um pouco de manteiga e enrolar na diagonal. Quando estiver enrolada, amassar um pouco para ficar a marca dos dedos. Pôr em um tabuleiro, untado com manteiga, e deixar crescer. Levar ao forno (180 graus) durante 35 minutos. Quando começar a dourar, tirar do forno e pincelar com gema de ovo, retornando ao forno para terminar de assar.
Comunhão pelo sabor
Ainda há muito para se descobrir em Itabirito, especialmente na paróquia mais antiga da cidade, a de Nossa Senhora da Boa Viagem. Ao lado da religiosidade, sobram alegria, empolgação e movimento na festa da padroeira do município, em 15 de agosto, ou no Debut Cristão, quando se homenageiam centenas de moças e rapazes católicos de 15 anos. Em torno da igreja de 1720, os moradores se reúnem para preparar os alimentos e recepcionar as famílias, oferecendo pratos salgados, pães e doces.Na cozinha do Liceu Dom Viçoso, o grupo de paroquianas começa cedo, numa convivência exemplar com receitas novas e antigas, panelas e colheres gigantescas, copos e talheres. Uma das mais entusiasmadas é dona Cecília Gomes Marinho, de 69 anos, que brinda as amigas voluntárias com o pão delícia. Num instante raro, elas interrompem as tarefas no fogão, saboreiam o presente trazido e conversam em voz baixa.
"Pão quer dizer comunhão e partilha. Ao mesmo tempo em que une, ele se divide", afirma dona Cecília. Experiente, ela costuma usar banha de porco para a massa ficar mais macia. "Mas é opcional, viu, gente!", avisa, para os que temem a gordura. Nas reuniões do Apostolado de Maria, conta a voluntária, as mulheres também costumam trazer seus produtos caseiros para oferecer aos demais participantes. Os viajantes ouvem tudo atentamente, convictos de que participam, em harmonia, de um momento de genuína confraternização.