Ingredientes:
- 1 galinha caipira média, cortada em pedaços
- 250 g de toucinho
- 3 dentes de alho
- 2 cebolas médias picadas
- 6 pimentas-de-cheiro picadas
- 2 folhas de hortelã-pimenta picadas
- 1 tomate grande picado
- Sal a gosto
- Meia colher (sopa) de coentro
- 1 colher (chá) de cominho
- 1 tablete de caldo de galinha
- 1 copo (americano) de farinha de mandioca
- Cheiro verde a gosto
- Água
Popular
:
- Para comer uma legítima farofa de feijão, um churrasco de qualidade e bater um bom papo, acompanhado de cerveja gelada, o tradicional bar do Chá Chá, no Mercado Municipal de Almenara, é ótima pedida. O lugar está nas mãos de Charles Nascimento que, além de comandar a churrasqueira com habilidade, esbanja simpatia.
Modo de Preparo:
Ferver o frango por dois minutos, depois que a água levantar fervura. Em uma panela, refogar o toucinho, de que será usada apenas a gordura. Com essa banha, refogar, em uma panela de pressão, uma cebola, o tomate, o cominho, o sal, o alho, três pimentas, o coentro e o frango. Pôr um copo (americano) de água e, logo que o caldo engrossar, acrescentar mais três copos. Tampar e deixar cozinhar por 20 minutos depois que a panela der pressão.
Retirar um terço do caldo do cozimento e levar ao fogo com o caldo de galinha, uma cebola, três pimentas e a farinha de mandioca, que deve ser dissolvida em um copo (americano) de água. Mexer até engrossar e salpicar cheiro verde. Servir o pirão acompanhado da carne.
História que fortalece
A sabedoria e a crença popular foram responsáveis pelo surgimento de vários pratos que caracterizam a culinária mineira. Mais que satisfazer o paladar, são receitas que contam histórias, como é o caso do pirão de galinha, feito na maioria das casas do Baixo Jequitinhonha. É em Jacinto, a 781 quilômetros de Belo Horizonte, que se pode encontrar a iguaria preparada da mesma forma há anos. Quem a apresenta é Ely Ferreira dos Santos, que aprendeu com a mãe, antiga parteira da cidade, os temperos e poderes do pirão."Ele era feito para alimentar as mulheres depois que ganhavam bebê", conta. Por esse motivo, o pirão também é chamado, em algumas cidades, "caldo de mulher parida". Ely serve o prato no Restaurante Boca Aberta, que começou como uma pequena lanchonete na garagem da casa e hoje atrai gente de toda a região. O espaço continua o mesmo, mas teve de receber adaptações para dar conta da freguesia. Para acompanhar o pirão, Ely serve galinha caipira, arroz, salada e macarrão.
Comida que dá energia para os afazeres do dia e, para os viajantes, ainda mais disposição para a saborosa missão que continua.