Ingredientes:
- 1 kg de carne-de-sol picada
- 1 kg de lingüiça de porco, caseira, apimentada
- 1 kg de costelinha de porco picada
- 1 cebola picadinha
- 1 pimentão
- 5 dentes de alho picados
- 1 kg de arroz (sem lavar)
- 2 dúzias de pequi
- Sal a gosto
- 1 colher (sopa) de óleo
- 3 litros de água quente
- 1 pimenta-de-cheiro inteira
- 1 molho de cebolinha
- 1 molho de coentro
Ondeficar:
Hotel Pajeú (38) 3813-1227
Modo de Preparo:
Deixar a carne-de-sol de molho, de um dia para o outro, para dessalgar. Fritá-la em óleo, retirar e reservar. Na mesma panela, fritar a costelinha, retirar e reservar. Fritar a lingüiça e voltar com todas as carnes para a panela, acrescentando a pimenta-de-cheiro inteira, o alho picadinho, a cebola, o pimentão, o arroz (sem lavar), o sal e os pequis. Acrescentar água quente e mexer durante 30 minutos, até cozinhar.
Verificar o sal. Enfeitar com cebolinha e coentro. Servir bem quente.
Com tempero de história
Nesta viagem ao extremo norte, os viajantes têm como guia o maciço do Espinhaço, com os seus belos contornos e serras que representam o valioso patrimônio natural de Minas. Em Monte Azul, a 660 quilômetros de Belo Horizonte, está um dos mais belos trechos - e a perfeita tradução no próprio nome da cidade. Além de olhar para o alto e curtir o cartão-postal, cozinheiras e estudiosos da cultura local jogam luz sobre o passado e recuperam receitas de quase 100 anos.O arroz-de-rapariga é um bom exemplo da pesquisa, que se materializa nas mãos de Dilma Luiza Jorge Schwenck, coordenadora do Centro de Artesanato João Tibas. A história do prato começou na Rua da Paia, onde, no início do século 20, ficavam as casas de prostituição. Na correria do dia-a-dia, sem poder esquecer dos filhos e dar conta dos afazeres domésticos, as mulheres tinham pouco tempo para a cozinha.
"Por isso, misturavam ao arroz tudo o que havia em casa", conta Dilma. Diante do panelão, no centro de artesanato, ela repete a receita, usando carne-de-sol, lingüiça, costelinha de porco, pimenta-de-cheiro e outros condimentos. "É um resgate da cultura de Monte Azul", afirma. Saboroso e de muita "sustância", o arroz-de-rapariga cativa os visitantes tanto pelo sua história quanto pela bem-sucedida harmonia dos temperos.