Ingredientes:
- 5 partes de um frango (coxa, peito, asa etc.)
- 300 g de quiabo picado
- 2 colheres (sopa) de tempero alho e sal
- 1 tablete e meio de caldo de galinha
- Meio copo, mais 3 colheres (sopa), de óleo
- Pimenta, salsa e cebolinha a gosto
- 2 xícaras (chá) de água
Brejaúba:
- Ingrediente principal em muitas receitas da região, o palmito brejaúba pode ser encontrado no mercado, com produtores como Sebastiana Silva, de Eugenópolis. O brejaúba se caracteriza por sua forma de colheita, que não danifica o meio ambiente, e pelo sabor marcante. Contato: (32) 9964-6402.
Modo de Preparo:
Em uma panela, refogar o frango com as três colheres de óleo, um tablete de caldo de galinha e uma colher de tempero. Quando o frango começar a dourar, despejar, aos poucos, uma xícara de água ou o suficiente para cozinhá-lo. Reservar. Em outra panela, fritar, por cinco minutos, o quiabo no restante do óleo, que deve estar quente. Despejar tudo em um coador, deixando óleo suficiente apenas para fritar o restante do caldo de galinha.
O quiabo deve ficar bem sequinho. Levar a mesma panela ao fogo, com o caldo de galinha, o tempero, a pimenta e o quiabo. Deixar fritar por cerca de três minutos e acrescentar o frango. Deixar por aproximadamente cinco minutos e retirar do fogo. Pôr salsa e cebolinha.
Delícia de prosa
As histórias sobre o senhor Zezinho do Frango com Quiabo, como foi apelidado o muriaeense José Silva Barros, são conhecidas por todos, mas só estando frente a frente com este personagem para entender o porquê da fama que cultiva. Há 40 anos com o restaurante que leva o nome do prato principal da casa, Zezinho não poupa simpatia aos visitantes, sejam eles caminhoneiros, turistas ou, porque não, o vice-presidente da república, de quem é primo legítimo."Nas eleições do José Alencar, ele trouxe uma comitiva para almoçar. Aí tive que pedir a ele que, quando viesse, não falasse com ninguém, porque a casa ficou cheia", recorda. A refeição é farta e deliciosa. Um verdadeiro banquete é disposto sobre a mesa e, caso acabe algum dos pratos, a reposição é imediata. "Não pode faltar comida. Afinal, a pessoa está pagando." E se o assunto é pagar, não pense que o almoço, feito no fogão a lenha, com generosas porções de frango, quiabo, arroz, angu, feijão e farofa sai caro.
Por R$ 7,50, come-se à vontade. "A gente não pode querer ganhar muito, porque acaba não ganhando nada." É por isso que Zezinho não deixa nenhum caminhoneiro que aparece por lá, mesmo que não tenha dinheiro, sair sem comer. "Eles fazem propaganda daqui por todo o país." Ensinamentos de um bom mineiro, que, como a maioria desta terra, já nasce com a hospitalidade no coração.