Ingredientes:
- 1 kg de goiabas vermelhas (não podem estar muito maduras), pesadas sem as sementes
- 500 g de açúcar cristal
Modo de Preparo:
Partir as goiabas ao meio, tirar as sementes e lavá-las em água corrente. Partir cada metade em quatro pedaços. Levar ao fogo com o açúcar, em um tacho de cobre, e mexer com uma colher de pau por cerca de 50 minutos (proteger o corpo para não se queimar, pois a mistura pode espirrar), até dar o ponto - obtido quando o doce começa a ganhar consistência, ficando bem grosso e se soltando do fundo do tacho.
Conferir o ponto, enfiando a ponta molhada de uma faca no doce. Se a goiabada não agarrar, está pronta. Num tabuleiro forrado com plástico, virar o doce. Deixar descansar por quatro dias e partir nos tamanhos desejados. Rende 600 gramas de goiabada.
Experiência no tacho
A plataforma lotada da estação Desembargador Drummond deixa claro que Nova Era, a 137 quilômetros de Belo Horizonte, é caminho do trem que leva a Vitória (ES). O ritmo acelerado da locomotiva, que sobe montanhas, atravessa rios e margeia a vegetação rasteira do cerrado, representa a força e o potencial de Minas. Na região, as goiabeiras estão por todos os lados. E, para dar vazão a tanta fruta, nada melhor do que fazer um doce tipicamente mineiro, e deliciosamente acompanhado do queijo: goiabada cascão.Quem garante é Rosalina Bueno Pereira, de 57 anos, que, com a irmã, Otília Bueno Pereira, de 63, segue a tradição da família para produzir a iguaria. Na fazenda, no povoado de Pedra Furada, a mãe, dona Nelita, com mais de 90, é quem faz questão de mexer o tacho. "Essa é pior parte, pois é difícil conseguir o ponto ideal", avisa Rosalina. Mas tantos anos de experiência já não deixam mais o doce desandar.
A venda dos produtos - além da goiabada cascão e da lisa, elas fazem doces de pêssego, laranja, cidra e banana, entre outros - na feira dos produtores, todos os sábados, é garantida.