Ingredientes:
- 2 kg de miúdos de porco (fígado, língua, coração)
- 2 litros de água300 g de bacon picado
- 3 cebolas médias picadas
- 2 tomates, sem pele e sem sementes, picados
- 1 pimentão vermelho, picado
- 1 pimentão verde, picado
- 1 colher (de sopa) de sal
- Cheiro verde a gosto
- Tempero de alho e sal a gosto
Para o angu
- 1 kg de fubá
- 3 litros de água
Modo de Preparo:
Separar os miúdos (chamados de saquimba na região de Ouro Preto) e tirar os excessos de gordura. Lavar com água corrente e colocar numa panela com a água e o sal. Ferventar por aproximadamente 40 minutos. Tirar da panela e deixar esfriar. Cortar os miúdos em cubos e deixá-los à parte. Para fazer o molho, refogar numa panela, de preferência de pedra, o bacon no óleo, até dourar. Acrescentar a cebola, o pimentão o tomate e um copo (de 200 ml) de água.
Ferver o molho por dez minutos. Acrescentar a saquimba e os temperos e deixar ferver por mais dois minutos. Para preparar o angu, misturar o fubá e a água numa panela em fogo alto e mexer sem parar, até engrossar. Tampar a panela e deixar ferver por 30 minutos. Virar num tabuleiro e deixar esfriar. O angu deve apresentar uma consistência firme, já que deve ser servido em pedaços. Porção para cinco pessoas.
Gosto de curiosidade
Nada de recusar um prato sem experimentá-lo. Muitas vezes, perde-se a chance de saborear uma ótima receita, o que é, convenhamos, um pecado. Algumas podem até ser consideradas exóticas e nunca substituirão o trivial arroz com feijão, mas nem por isso devem ser evitadas. Comece a quebrar seus paradigmas comendo a saquimba, feita no bar do Airson (rua Pandiá Calógeras, 40, Barra), em Ouro Preto, a 95 quilômetros de Belo Horizonte, na região Central de Minas.Saquimba? É isso mesmo, um cozido com miúdos de porco, irmão do sarapatel (a diferença é que este último leva sangue). Para se ter uma idéia, o sarapatel, de origem portuguesa, é tradicionalmente servido na ceia de Natal lusitana. "No início as pessoas estranham, perguntam o que é e pedem para experimentar. Acabam gostando", diz, com propriedade, Maria Margarida Silva, de 43 anos. Ela e o marido, Airson Vidigal Lana, de 50, mantêm a tradição de servir a saquimba há dez anos.
Quem provou, garante que não se arrependeu.