Ingredientes:
- 10 dentes de alhoamassados
- 2 cebolas cortadas em cruz
- 100 g de manteiga
- 250 ml de azeite
- Sal a gosto
- 250 g de costela de porco
- Uma dose de boa cachaça
- Suco de dois limões
- 20 g de queijo-de-minas,em pedaços
- 1 colher (sopa) de colorau
- Cheiro Verde
- 250 g de fubá de milho
Para o Angu
- 400 ml de água
Modo de Preparo:
Lavar bem a costela e deixá-la de molho, com água até cobrir, uma dose de cachaça e suco de dois limões. Deixar por 10 minutos. Desprezar o caldo. Levar a cebola ao fogo, com o azeite, a manteiga, o colorau, o alho e o sal, e deixar até que ela fique dourada. Em seguida, pôr a costela também para dourar. Depois, cobrir a carne com água e deixar cozinhar por 20 minutos, até levantar fervura. Reservar.
Angu
Derreter o fubá de milho em água fria. Levar ao fogo por 10 minutos, mexendo sempre.
Montagem
Cobrir um prato com pedaços de queijo e pôr em cima o angu (ainda quente), a costela junto com o caldo. Salpicar com cheiro verde.
Um velho companheiro
A história é a seguinte: alguém experimentou a iguaria, percebeu que era diferente e a batizou de angu raposense. "Aqui, todo mundo tem mania de pôr apelido nas pessoas e sobrou até para o prato que faço", diverte-se José Antônio, que também teve o nome modificado pelos amigos e é conhecido, em Raposos, na Região Metropolitana de BH, como Zé Banana. Mas o hábito dos moradores de nomear pessoas e até comida não é em vão.O angu servido no bar do Zé Banana é, segundo ele, parecido com o angu à baiana, mas há diferenças. "O sabor é outro, principalmente porque uso costelinha de porco, em vez de suã." Além disso, o modo de preparo é bem mineiro. Para limpar a carne, ele a deixa de molho em cachaça e suco de limão. "E, para dar um sabor irresistível, ponho queijo-de-minas, que derrete com a quentura do angu." Não há como negar que quem batizou a especialidade acertou em cheio.
Como todo bom morador de Raposos, Zé Banana também dá nomes às coisas e, como seu bar está à margem do Rio das Velhas, nomeou o velho rio de "companheiro". "Ele fez parte da minha infância. Quando pequeno, era nele que eu nadava e pescava. Hoje, escuto seus prantos, pois suas águas estão muito poluídas. Torço para que as pessoas se conscientizem da importância dele na nossa vida." É claro que ele fez questão de sair na foto ao lado do grande e velho amigo.
Bom, e o apelido Zé Banana? Isso é outra história.