Ingredientes:
- 1 peça inteira de lagarto
- 150 g toucinho inteiro
- 1 cebola fatiada
- 5 cenouras cortadas em tiras
- 1 pimentão cortado em tiras
- 2 cabeças de alho amassadas
- 1 colher (chá) de pimenta-do-reino
- 3 pimentas-malagueta
- 1 copo (americano) de vinagre
- 2 copos (americano) de óleo
Doce:
- Em visita à Igreja do Rosário, não deixe de conhecer o Cantinho Mel de Abelha, que há 25 anos produz iguarias como doce de abóbora, cocada, brigadeiro, e diversos tipos de licores. Contato: (32) 3271-1416.
Modo de Preparo:
Fazer pequenos furos por toda a carne, dos dois lados, e, no meio, fazer uma cavidade que será recheada. Misturar metade do vinagre com o alho e as pimentas e usar metade dessa mistura para temperar a cavidade feita na carne e a outra metade para temperar a parte externa. Pôr o toucinho na abertura feita no lagarto e, em seguida, as tiras da cenoura e de pimentão e a cebola. Despejar o restante do vinagre na carne e deixar descansar por duas horas, coberta com um pano.
Em uma panela convencional, aquecer o óleo e pôr a peça. À medida que a carne dourar, pingar água quente, até que fique cozida, sempre virando para que cozinhe de todos os lados.
Lições de cozinha
Olhos bem atentos aos movimentos da sogra na cozinha, Rosana Zanniti Taroco, nora de vó Rita, prepara mais um prato que acompanha a trajetória das famílias italianas em território mineiro. A carne cheia, como é chamado o lagarto recheado, desperta todos os sentidos: do olfato, quando ele ainda está na panela e exala aroma inspirador, ao tato, no momento em que a carne é fatiada e não há como resistir à famosa beliscada.A casa de Rosana é uma das que ficam ao redor da de Ritinha, o que faz com que a cozinha da sogra seja uma extensão de seu quintal. Natural de Matosinhos e descendente de italianos da família Zanniti, Rosana já era familiarizada com a cultura dos imigrantes e se aprofundou ainda mais nesse mundo ao se mudar para São João del-Rei. Na cidade dos sinos, Rosana conheceu o amor e uma família que sempre está de braços abertos para receber mais um, de preferência no melhor lugar da casa, a cozinha.
A mineira se recorda do primeiro dia em que viu o marido, que despertou emoções mesmo pela fotografia. "Vim aqui comprar um queijo, vi a foto dele e o achei lindo. Pensei: ainda vou casar com ele", conta. E do casório para cá, a família Taroco não pára de crescer, sempre agregando outros mineiros que, descendentes de imigrantes ou não, têm amor a esta terra, à sua gente e aos prazeres de sua rica gastronomia.