Ingredientes:
- 2 xícaras (chá) de carne de sol picada e pré-cozida
- 100 g de lingüiça-calabresa picada
- 100 g de toucinho picado
- 1 xícara (chá) de cheiro-verde picado
- 2 tomates grandes
- 1 cebola
- Meio quilo de arroz
- 250 g de feijão de corda
- 150 g queijo coalho em cubos
- 4 dentes de alho
- Tempero a gosto
- Manteiga de garrafa a gosto
Sabor local:
- É tradição em Uberlândia fazer compotas com frutas do cerrado. A prova está no Mercado Municipal, com doces de caju do campo, mangaba, limão galego com ameixinha de queijo, pêssego verde e coquinho de guariroba. Tudo produzido artesanalmente em fazendas da região.
- Contato: (34) 3236-9341.
Modo de Preparo:
Cozinhar o feijão de corda, deixando um pouco duro (al dente) para não desmanchar quando for misturado aos demais ingredientes. Escorrer o feijão e reservá-lo. Guardar também a água usada no cozimento. Fritar o toucinho sem óleo. Na mesma panela e aproveitando a gordura do toucinho, juntar, refogando um por vez, a cebola, os tomates, o cheiro-verde e a carne de sol. Acrescentar alho, e o tempero. Misturar bem.
Pôr o arroz para fritar junto com essa mistura, para pegar gosto. Quando o arroz estiver frito, pôr o feijão de corda. Acrescentar a água do cozimento do feijão e deixar no fogo até secar. Quando estiver secando, pôr o queijo coalho. Enfeitar com cheiro-verde. Para acompanhar, a sugestão é couve refogada, banana frita e farofa de carne de sol.
Pedacinho do nordeste
Mandacaru chegou assim com gostinho do Nordeste/ do Lampião até a rede/ Aqui tem cabra da peste". É essa a saudação nordestina com a qual Maria de Fátima Pereira de Souza recebe clientes e visitantes no seu restaurante. O sorriso e a simpatia não negam o bom clima. Muita cor e alegria lembram com carinho cada detalhe da cultura nordestina. Maria de Fátima nasceu em Lavras da Mangabeira, no Ceará, e de lá se mudou para a capital, Fortaleza.Seguiu para São Paulo em busca do que não encontrou em sua terra: boas condições de vida. Depois, a retirante se despediu da metrópole e foi conhecer Uberlândia, onde vive há 27 anos. Grata à terra que a acolheu, abriu o Restaurante Mandacaru e trouxe para Minas um pedaço do Nordeste do país. "Minha terra me rejeitou, Uberlândia me aceitou", afirma. As comidas típicas e os costumes convidam o cliente a fazer uma viagem nordestina.
Tem baião de dois, sarapatel, buchada de bode e carneiro atolado. As variedades de tapioca trazem nomes da cultura daquela região, como Alceu Valença, Caetano Veloso, Elba Ramalho, Lampião, Iracema e Maria Bonita. Enquanto ensina a tradicional receita do baião de arroz com feijão, a dona do restaurante diz que essas denominações ajudam a criar um universo que conspira a favor da cultura. A lição de Maria de Fátima é o que ela chama de "transformar carências em competências".
É dentro desse espírito que ela trabalha hoje servindo comida com fartura, porque um dia passou fome. E a despedida fica por conta de mais um cordel: "Mandacaru chegou assim/ pedindo pra ficar/ pra fazer parte da sua vida/ e de quem quiser chegar".