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O Conselho de Notáveis é presidido pelo técnico Renê Santana, que representa o pai na escolha dos melhores jogadores mineiros no Campeonato Brasileiro.

Dirceu Lopes

Dirceu Lopes Mendes foi um dos maiores fenômenos produzidos pelas divisões de base do Cruzeiro. Ao lado de Tostão, formou uma das duplas mais geniais da história do futebol mundial, tornando-se o segundo maior artilheiro de toda a história do Cruzeiro, clube onde passou praticamente toda a sua carreira esportiva. Apenas durante o ano de 1975 jogou pelo Fluminense, mas retornou à Raposa jogando mais duas temporadas pelo clube. No total, Dirceu Lopes atuou em 594 partidas pelo Cruzeiro e encerrou a carreira no Democrata de Governador Valadares, em 1981, depois de passar pelo Uberlândia.


Jair Bala

Jair Felix da Silva, o Jair Bala, começou a carreira no Estrela do Norte e passou pelo Flamengo e Botafogo até chegar ao América Mineiro, em 1964. Naquele mesmo ano, foi artilheiro do estadual, com 35 gols, e ficou conhecido como o maior artilheiro do Independência. Também jogou no Comercial de Ribeirão Preto, Palmeiras, XV de Piracicaba e Santos e, em 1971, voltou ao América para ser campeão mineiro e novamente artilheiro do campeonato. Ainda jogou pelo Bahia e encerrou a carreira no Paysandu, assumindo depois o título de treinador do Sete de Setembro, do América, do Londrina e de vários times do interior.


João Leite

João Leite da Silva Neto foi um dos maiores goleiros da história do Clube Atlético Mineiro. Recebeu destaque na mídia quando assumiu o lugar do argentino Ortiz, em 1976, e ficou conhecido pelas defesas impossíveis e pelo hábito de entregar bíblias a jogadores adversários. Um dos momentos inesquecíveis na carreira foi o vice-campeonato brasileiro, em 1977. Conhecido como "Goleiro de Deus", também jogou no Vitória de Guimarães, de Portugal, no América Mineiro e no Guarani. Foram dez anos como titular absoluto no Atlético, com passagens pela Seleção Brasileira.


Luizinho

Luiz Carlos Ferreira, o Luizinho, foi um "zagueiro clássico", que não precisava utilizar a violência para desarmar o adversário. No início de sua carreira, no Villa Nova, chegou a jogar como atacante e foi para o Atlético Mineiro, em 1979, por empréstimo, sendo contratado no mesmo ano. A disciplina sempre foi seu ponto forte e o jogador chegou a ocupar uma vaga na equipe de Telê Santana, na Copa de 1982. Luizinho jogou sua última partida pelo Galo em 1989, pelo Campeonato Brasileiro. Depois foi para o Sporting, de Portugal, onde encerrou a carreira.


Nelinho

Canhão no pé direito. É como muitos se referem a Manoel Resende de Matos Cabral, o carioca Nelinho que passou pelo Olaria, Bonsucesso, Portugal, Remo. Foi no clube paraense que o técnico Orlando Fantoni descobriu o lateral-direito e o trouxe ao Cruzeiro, onde foi campeão mineiro em 73, 74, 75 e 77 e campeão da Taça Libertadores da América em 76. Nelinho chegou à Seleção Brasileira em 74. Realizou 24 jogos e marcou seis gols. Foi ainda campeão gaúcho pelo Grêmio, em 80; e mineiro pelo Atlético em 82, 83, 85, e 86.


Palhinha

Ídolo no Cruzeiro e no Corinthians, Vanderlei Eustáquio de Oliveira, o Palhinha, começou a carreira na Toca da Raposa, em 1960. Seu melhor momento foi em 1976, quando foi artilheiro da Libertadores – com 13 gols – e ajudou o Cruzeiro a conquistar o título sul-americano. Em 1977, deixou o time para jogar no Corinthians, mas voltou para Minas Gerais, em 1980, para vestir a camisa do Atlético Mineiro. Também atuou no Santos, teve mais uma passagem pelo Cruzeiro e, em 1985, encerrou a carreira no América Mineiro. Fez 19 partidas pela Seleção Brasileira e chegou a ser técnico do Corinthians, em 1989.


Paulo Isidoro

O belorizontino Paulo Idisoro começou a carreira no Ideal do bairro das Garças. Em 1973, já estava no Atlético e foi emprestado ao Nacional de Manaus. Meia ágil e habilidoso, foi vice-campeão brasileiro em 1977 e participou da célebre seleção de Telê Santana, na Copa do Mundo de 1982, na Espanha. Um ano antes, havia conquistado o Mundialito no Uruguai. Em 1984, foi campeão paulista pelo Santos. Paulo Isidoro jogou também no Cruzeiro e só encerrou a carreira no norte do país, aos 43 anos.


Raul Plassman

Raul Guilherme Plassman mudou o tradicional uniforme de goleiros com sua famosa camisa amarela. Ex-goleiro do Atlético Paranaense, São Paulo, Cruzeiro e Flamengo; chegou à Seleção Brasileira e foi o jogador que mais títulos importantes conquistou no futebol mineiro. Em 2003, foi convidado para ser auxiliar técnico de Marinho Peres, no Juventude, e após algumas rodadas tornou-se o treinador. Em 2004, trabalhou como dirigente do Londrina (SP), antes de voltar a ser comentarista esportivo.


Reinaldo

José Reinaldo de Lima não foi só o artilheiro máximo do Atlético Mineiro, mas um dos maiores centroavantes do Brasil. Além de conquistar cinco campeonatos mineiros e ser duas vezes vice-campeão brasileiro, em 1977 bateu um recorde que levou 20 anos para ser batido. Apesar de estar com um dos joelhos seriamente lesionado, Reinaldo marcou 28 gols no Campeonato Brasileiro daquele ano. Em 1985, o centroavante transferiu-se para o Palmeiras. Ainda jogou no Cruzeiro e encerrou a carreira no futebol holandês, defendendo o Telstar, em 1987.


Zé Carlos

José Carlos Bernardo foi apontado como o "carregador de piano" do Cruzeiro por mais de uma década. Por ter defendido a nação azul por 628 jogos, o volante integrou duas gerações vitoriosas do time. No "quadrado mágico", junto com Piazza, Dirceu Lopes e Tostão, foi responsável pela conquista de vários títulos na década de 60. Campeão brasileiro pelo Guarani de Campinas em 1978, Zé Carlos também atuou como técnico no Guarani, Mogi Mirim, Botafogo, Avaí e Criciúma, além dos árabes El Rahed e Jabalen.


Wilson Piazza

Wilson da Silva Piazza começou a jogar futebol no Estrela, um time de várzea de Belo Horizonte. Destaque da equipe, o mineiro de Ribeirão das Neves despertou o interesse do Renascença e depois do Cruzeiro, que o contratou em 1964. Bastou um ano para que o volante levantasse a taça do Campeonato Mineiro de 1965. Em 1974 e 1975, o time de Piazza venceu a Taça Brasil e ainda conquistou a Copa Libertadores de 1976. Piazza se aposentou depois de 13 anos defendendo as cores do Cruzeiro.